Area Externa

I'm a rocket ship on my way to Mars
On a collision course
I am a satellite I'm out of control
I am a sex machine ready to reload
Like an atom bomb about to
Oh oh oh oh oh explode.

But now I’m stuck in the darkness

Aquela mordida delicada nos próprios lábios foi o suficiente para eu perceber que a Bruxinha tinha-se deixado levar pelas minhas atitudes, e muito provavelmente, apreciado as mesmas. Isto era bem justo, considerando que desde o momento em que chegamos naquele local, meu desejo por ela tornara-se visivelmente perceptível, até mesmo aqueles jovens bêbados sem o mínimo de bom senso notariam um brilho diferente no meu olhar, que em dias habituais, está preenchido somente com fúria, ódio, e mais fúria.

Pude sentir após a sua rápida história que havia um certo rancor contra aquela raça cujo nome eu nem mesmo gosto de pronunciar, e quando a pergunta veio a seguir, tive certeza. Apenas sorri, enquanto refletia. A inocência com qual Maya falava deixava-me completamente aos seus pés, naquele momento, estaria disposto a não solta-la nunca mais, sua influencia sobre mim mostrava-se cada vez mais clara.

Eu fiquei em silencio por quase um minuto, era difícil esclarecer a minha verdadeira opinião sem parecer um maldito hipócrita, afinal, tornei-me um Híbrido por vontade própria. – Bom... Sinceramente eu não sou a pessoa ideal para te responder, seja Vampiro, Lobo ou Bruxa, acredito que ninguém jamais possuiu coração frio o suficiente para conseguir viver sozinho. – Neste exato instante, envolvi-a por complete entre meus braços, apertando-a de encontro ao meu corpo. – Não se engane nem por um segundo, eu sou uma aberração, ainda pior que um simples “sanguessuga”... Já matei mais homens do que posso contar, e inevitavelmente, vou matar de novo, e de novo. – Falei tão abertamente quanto pude, sem fraquejar e sem desviar o olhar, como se pudesse fazer isso. – Contudo, com o devido tempo, posso acabar me tornando alguém menos desprezível, alguém por quem você possa se apaixonar. – Apesar de não solta-la, eu também não avancei os poucos centímetros que faltavam para nossos lábios se encontrarem, seria mais honesto da minha parte deixa-la tomar essa decisão por conta própria, deixa-la assumir os riscos por se encantar pelo grande lobo mal.

I'm a rocket ship on my way to Mars
On a collision course
I am a satellite I'm out of control
I am a sex machine ready to reload
Like an atom bomb about to
Oh oh oh oh oh explode.

But now I’m stuck in the darkness

Aqueles milésimos de segundo deram-me um vislumbre de como seria uma eternidade de apreensão, eu não sabia se ela retribuiria ou não aos meus encantos, contudo quando seus lábios passaram a se aproximar, apenas sorri discretamente, sentindo por um pequeno momento o gosto daquela boca perfeita, cujo beijo fez-me enfraquecer os sentidos e até abaixar a guarda.

Antes mesmo que ela pudesse continuar o seu breve discurso de desculpas, interrompi-a, sufocando ainda mais o seu corpo que estava entre meus braços, e tornando a beija-la ainda mais intensamente, durante um longo minuto. – Você ? Uma aberração ? – Eu recostei minha cabeça sobre seu ombro, carinhosamente distribuindo um beijo sobre o seu pescoço da forma mais gentil possível, apreciando o aroma de sua pele. – Eu acho o contrário, creio que foi uma das melhores coisas cuja natureza já criou. – Soltei-a lentamente, afastando-me apenas alguns centímetros, o suficiente para que ela respirasse e processasse tudo aquilo.

Olhei ao redor, e notei que o local só ficava mais cheio, parecia ser nossa deixa. – Acho que deveríamos ir, para outro lugar, quem sabe... – Obviamente estava imaginando algo mais recluso, longe de todas as pessoas, entretanto seria mais elegante esperar pela resposta da garota, afinal, éramos um par.

I'm the fucking bitch

Um sorriso travesso estava pousado nos belos lábios. Os olhos castanhos analisavam todo o terreno. Respirou fundo e cruzou os braços, parando diante a enorme casa. – Uau. Aquela garota teve tempo. Ainda bem que a matei. – Uma risadinha calma e tranquila saiu dos lábios da vampira. Os saltos pretos estavam em seus pés delicados, um vestido curto de cor preta cobria o seu corpo, e, além disso, seus cabelos encaracolados estavam soltos. – Hora da diversão. – Ajeitou a bolsa de couro preta em seu braço direito. Seu corpo se movimentou lentamente na direção da porta. Após alguns segundos, bateu algumas vezes. Ah, adorava surpresas. Respirou fundo e colocou um pouco de peso na perna esquerda, esperando algum ser abrir a porta. Não sou palhaça para ficar esperando., pensou e quando estava prestes a arrombar a porta, vozes lhe chamaram a atenção. Arqueou uma das sobrancelhas e deu a volta na casa, indo até a área externa. Um sorriso saiu de seus lábios ao ver a enorme quantidade de pessoas – humanos e seres sobrenaturais.

Semicerrou os olhos ao ver Stefan num ponto mais longe, todavia, ele não era seu foco. Olhou pelo local onde ocorria a festa e procurou pelo seu querido inimigo: Klaus. Fez um biquinho ao não vê-lo por ali e adentrou a pequena multidão. – Sai da frente. – Disse várias vezes e empurrou os mortais que estavam na sua frente, até que parou atrás do homem que conhecera a verdadeira Katherine, ou pior, conhecera Katerina Petrova. O mesmo sabia da identidade da moçoila, mas isso não importava. Pelo menos, não mais. – Elijah Mikaelson. – Chamou o imortal e um brilho cruel surgiu nos lábios da vampira. – Confesso que estou surpresa por vê-lo numa festinha tão... – Parou para encontrar palavras. – mortal. – Completou, deixando um pouco de dúvida sair de sua voz. Aproximou-se e deu um beijo em sua bochecha direita, afastando-se – mas antes disso, deslizou as mãos pelo peitoral do mais alto.

– Acho que o vampirismo caiu bem em Caroline. Imagine se fosse uma humana? Cruzes, ela era insuportável. – Fez um gesto com a mão direita, indicando desprezo. – Vi Rebekah, recentemente. – Deu de ombros. – Ela mudou muito. Pelo visto, está bem. – Sorriu de maneira falsa. Ficaria melhor com uma estaca no meio do coração., pensou e deu de ombros. – Posso acompanhá-lo nesse evento? Conheço pouquíssimas pessoas daqui. – Encarou os olhos do Original.

gosto do sangue daquela mulher ainda descia suavemente em minha garganta, enquanto observava os olhos dela perderem a luz da vida e, numa última sucção profunda do líquido vermelho, a soltei num baque surdo que inundou a sala da Mansão. Sorri, ainda degustando daquele sabor peculiar e rindo do dissabor que aquela pobre coitada sofreu ao ser tão bela e ter um sangue tão, tão delicioso.

Gargalhei, quase psicótico, mas apenas em êxtase por sugar litros de sangue em apenas alguns instantes. Poder. Sentia sua intrínseca maravilha correr pelas minhas veias e atingir seu ápice sob meu corpo era, veementemente, extasiante. Naturalmente, apoiei minhas mãos cheias de sangue sob a mesa de centro da enorme sala, inundando o límpido vidro com sangue, apenas ignorei e direcionei os dedos para meus lábios, sugando o sangue restante e, posteriormente, limpando-os contra a minha vestimenta; eram roupas simples, no fim das contas.

Direcionei-me ao banheiro e deleite-me abaixo da água quente que o chuveiro oferecia, tomei um banho rápido e, assim que saí, vesti um terno de linho negro, com um detalhe em dourado na gola. Perfumei-me como de costume e, usando de minha super velocidade, apareci em instantes atrás de Elijah, notavelmente ele não recebera aviso prévio de minha possível aparição naquela... Ahn... Baderna (?).

- Meu nobre irmão, Elijah! E essa daqui deve ser... Ah! Katherine, de Mystic Falls, certo? - A indagação fora feita de bom humor, dado que havia me alimentado bem antes de ir para lá. Me lembrava daquele rosto. Foi na última vez que fui para Mystic que o vi. Gargalhei mentalmente. Ela havia passado pela vampirização e era, portanto, uma vampira. Olhei uma última vez ao redor e pude reparar numa das minhas criações, Sean, um híbrido, sorri para ele brevemente, arqueando a cabeça, em sinal de sarcasmo. Esperei que todos me notassem ali, afinal de contas... Eu era o mais poderoso e perigoso entre todos.